terça-feira, 29 de setembro de 2009

L'UOMO POLENTUS

O Uomo Polentus com seu pau de polenta
(gravura ainda sem data)

O antepassado mais próximo dos cocanheses é o que denominei, após muitas escavações e análise de material arqueológico por meio de Carbono 14, o "Uomo Polentus".
Pouco se sabe sobre este primitivo habitante dos milharais, mas há indícios fortes de que tenha desaparecido (evoluído?) com o surgimento do monjolo e do pilão.
Sua dieta alimentar em nada diferia da dos cocanheses atuais: o milho em seu último estágio de preparo, ou seja, a polenta.
É muito provável que o "Uomo Polentus" seja o elo perdido (e agora encontrado, graças a minha pesquisa!) na evolução dos cocanheses. A imagem original encontra-se disponível para visitação na Caverna de Pedra, museu construído pela administração de Polentawood para idolatrar a memória dos seus antepassados.
OBS.: Esta pesquisa só foi realizada graças ao apoio financeiro da CAMPES (Coordenadoria de Apoio à Pesquisa sobre o Milho, a Polenta e Similares)

sábado, 26 de setembro de 2009

O MONSTRENGO DA POLENTA

Representação do Sanguanel com um pau de polenta

No Bestiário Cocanhês, figura uma série de monstros, feras e animais fabulosos. Entre os mais conhecidos, estão o Vecchio do Moinho, o L’uomo do Milharal e o Monstrengo da Polenta. Este último também é chamado de Sanguanel e tem hábitos muito peculiares. Costuma sair do seu esconderijo em noites de lua cheia, porque a cor e a forma circular da lua – dizem – lembram-lhe um disco de polenta, abrindo de modo radical o seu apetite.
Há inúmeros relatos em que este monstrengo invade as casas em busca de polenta. Se não a encontra, põe a cozinha do avesso: rasga os sacos de farinha, faz coisas horríveis dentro das panelas e, o que é pior, rouba o pau de mexer a polenta. Dizem, também, que o Sanguanel entra sorrateiramente no quarto das crianças, para lamber-lhes, enquanto dormem, o excesso de polenta em torno da boca e nas mãos...
Por causa das suas maldades, atribuem-lhe as piores desventuras cotidianas: se a polenta queima na chapa, culpa do Sanguanel; se a polenta passa do ponto, culpa do Sanguanel; se a polenta embolota, culpa do Sanguanel; se a farinha caruncha, culpa do Sanguanel.
E para evitar que o monstrengo entre nas casas, os cocanheses, nas noites enluaradas, deixam à porta um avantajado disco de polenta brustolada.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A TOMADA DE HOLLYWOOD

Soldados cocanheses efetivando a Tomada de Hollywood

Descendentes diretos da brava estirpe romana, altivos herdeiros da Casa dos Césares, os cocanheses conservam o espírito pujante, guerreiro e conquistador. Meia dúzia de soldados cocanheses é capaz de conquistar um continente inteiro, utilizando apenas a inteligência e alguns rudimentares artefatos bélicos - tal como a terrível catapulta de polenta que arremessa plastas de farinha mole e fervente contra os inimigos, espalhando o horror.
No instantâneo acima, o registro do momento histórico em que esses bárbaros concretizam "A Tomada de Hollywood". Na expansão e imposição do seu domínio, os cocanheses substituem imperiosamente as referências simbólicas antigas por representações da sua própria cultura.
Imagine-se, doravante, o rumo que deverá tomar a Sétima Arte sob os auspícios e a vigilância severa dos cocanheses...