segunda-feira, 25 de abril de 2011

PIPOCA DE MILHO COM PÓLVORA

O twitter, pobre vítima da pipoca-bomba


Se a polenta na Terra da Cocanha é a mais cara do mundo, também a Ciência cobra um preço muito alto de quem a ela se dedica. Particularmente, como pesquisador PhD, tenho sofrido enxovalhos, perseguições, maledicências, emboscadas, incompreensões de toda ordem. Ao divulgar o dia-a-dia deste Paese Stranhi no Polentwitter, leitores têm me perseguido e me acusado de usar entorpecentes ou de estar sequelado, tamanho o absurdo dos fatos que, pela premência do juramento que faço toda vez que recebo um sabugo ou pendão acadêmico, sou obrigado a tornar públicos.
No entanto, o meu compromisso é com a transparência dos acontecimentos. Não costumo agir como certos polentwitteiros que, ao invés de perseguirem abertamente seus desafetos, ficam de tocaia com uma méscola, uma mão de pilão ou uma infâmia na ponta da língua necrosada pela pelagra! Parece que estão caçando passarinhos... Eu sou cidadão de bons antecedentes, cientista premiado, único detentor do Nobel de Polentwittologia! Eu e minha equipe de bravos pesquisadores é que temos colocado em ordem correta a história desta civilização de amarelados, sem mitificações, sem distorções e sem outro propósito, senão o da Verdade Absoluta!.
E os fatos que narro a seguir são tão surreais, que a canalha de invejosos dirá por aí que eu os inventei. Se eles têm a verdade deles, aconselho que a guardem para si, porque eu tenho a minha e sempre vou torná-la pública, nem que isso me custe algumas bandagens!

Como os leitores já sabem, o Nane Tamanca é mais esperto que uma raposa morta. Tão mais esperto, que até já inventou uma máquina de ensacar berros de porco... E ele sempre se supera com novas invenções, como esta em que achou uma forma de não pôr no lixo uma safra de milho.
O caso é o seguinte: durante uma semana inteira, em que ficou de tocaia para caçar a cegonha que traria o vigésimo filho do seu vizinho, o Nane descuidou do paiol, e os carunchos acabaram tomando conta das tulhas de milho.

Como a cegonha não veio e ainda tinha muita pólvora branca guardada numa barrica, decidiu usá-la com astúcia para minimizar sua calamidade. Preencheu todos os buracos nos grãos e passou a comercializá-los como pipoca para estourar na chapa do fogolar. A moda pegou, principalmente entre os bambinos, que adoram estourar bombinhas em formigueiros e ninhos de tico-tico. Outro produto, dirigido a caçadores profissionais, são os grãos de milho com pavio, cujo modo de uso é tão cruel, que não pode ser descrito (mas vide imagem supra). E um terceiro produto são os chumbinhos Diamilhô, uma variante dos cruéis Diabolô, para espingardinhas de pressão. Além de perfurarem o alvo, ainda explodem com o impacto, feito minibalas de canhão.


Os fatos provam, em suma, que louco é quem põe sal em polenta que será servida a loucos!

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