A CANÇÃO
DO BURRACO
Vejo
buracos
por
toda parte,
de
toda sorte
e
de toda arte.
Há
buracos novos,
em
bom Estado
e
buracos velhos,
já
antiquados.
Vejo
buracos
para
pedestres,
para
cariolas
para
chevettes.
Buracos
particulares,
cavidades
federais,
lacunas
públicas,
socavões
municipais.
Falta-nos
enxada?
– Está
enferrujada!
Falta-nos
patrola?
– Esta
sempre atola!
Falta-nos
piche?
– Por
mim que abiche!
Falta-nos
vontade?
– Buraco
é entrave!
Vejo
buracos
por
toda parte,
de
toda sorte
e
de toda arte.
Há
buracos urbanos
rachaduras
rurais;
Há
covas sem dono
e
tocas abissais.
Buracos
e frestas,
orifícios
e fendas,
brechas
funestas,
rombos
e emendas.
Falta-nos
desembaraço?
–
Ai, que cansaço!
Faltam-nos
engenheiros?
–
Choveu o dia inteiro!
Falta-nos
um mestre-obras?
–
Foi picado de cobra!
A
gente que é fraco
e
cai no buraco!
O
buraco é fundo?
Acaba-se o mundo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário