terça-feira, 17 de novembro de 2009

CANTIGAS DA TERRA DA COCANHA

Esta cantiga foi resgatada pelo nosso ínclito folclorista, o Dr. Christóphoro Capeletti, Phd em folclore cocanhês, e traduzida pelo Especialista em dialeto Polentaliàn, o igualmente enclítico Dr. Jerico Pissacàn, Phd. A partitura foi elaborada pelo nosso elíptico Maestro Septimo Reprobo Papastrel, que costuma animar os inúmeros filós da Terra da Cocanha.
Em razão do rudimentar estágio musical dos cocanheses, esta canção costuma ser acompanhada por instrumentos típicos oriundos do cotidiano, como colheres de pau, panelas, socadores de pilão, tachos, chocalhos de milho, porongos, latas de querosene, baquetas de sabugo etc.
Segue a letra para o deleite dos poetas:
Se a polenta, se a polenta fosse minha,
eu mandava, eu mandava brustolar,
com rodelas, com rodelas de salame,
só pro meu, só pro meu amor provar.

Nesta rua, nesta rua há’um moinho
que tritura, que tritura muitos grãos;
dentro dele, dentro dele mora o Nane
que roubou, que roubou meu polentão.

Se eu roubei, se eu roubei tua polenta,
tu roubaste, tu roubaste o meu pilão;
só roubei, só roubei tua polenta
porque tu, tu roubaste o meu pilão.

Um comentário:

  1. Que mimosa essa cantiga, Dr. Joanim!
    Revela os conflitos cotidianos da Terra da Cocanha, numa amostra de que nem tudo aí é faraônico como as pessoas costumam dizer.

    O Sr. tem mais dessas cantigas para publicar?
    Bjcas da Condessa de Mayzena

    ResponderExcluir